
a) é membro de uma Igreja sinodal que se abre à escuta de todos e que com todos quer caminhar;
b) é membro da Organização Mundial do Movimento Escutista, procurando contribuir para a sua unidade e para o aprofundamento da sua identidade e missão;
c) crê no amor incondicional de Deus por cada uma das suas filhas e filhos, na verdade e singularidade da condição existencial de cada um (Cf. Is 43, 1.4), na qual se inclui também a orientação sexual;
d) procura ajudar crianças, adolescentes e jovens a desenvolver um projeto pessoal de vida, no encontro com Jesus Cristo, de modo a que se tornem cidadãos capazes de assumir uma posição construtiva na sociedade e comprometidos na constante transformação do mundo, à luz do Evangelho;
e) está atento aos desafios concretos que se colocam a todos os educadores nas suas unidades e agrupamentos, num contexto sociocultural em constante mudança
f) entende que o ser humano é um ser sexuado e que a vivência da afetividade e da sexualidade é uma dimensão constitutiva da pessoa, abrangendo a totalidade da sua existência;
g) defende que a sexualidade humana deve ser pensada a partir de todas as dimensões constitutivas da condição humana;
h) reconhece o contributo da afetividade e da sexualidade para um projeto de vida feliz, mas não ignora a existência de situações de dor, de sofrimento e de exclusão;
i) entende que a afetividade e a sexualidade se desenvolvem de forma articulada e harmoniosa em todas as dimensões do ser, explicitadas no programa educativo do CNE (Físico, Afetivo, Caráter, Espiritual, Intelectual e Social), por forma a contribuir para a concretização plena da felicidade a que cada pessoa é chamada e procura;
g) reconhece que a expressão sexual do amor é também querida por Deus no contexto do amor autenticamente humano;
l) acredita na riqueza do sacramento do matrimónio, fundado na relação homem-mulher, como lugar aberto à vida, reconhecendo, porém, que a vivência cristã do amor não se esgota neste tipo de união;
não se identifica com propostas educativas e ideológicas que promovam uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher ou determinadas por uma opção unicamente individualista (cf. Amoris laetitia 56);
m) afirma que sexo biológico (sexo) e dimensão sociocultural do sexo (género) se podem distinguir, mas não separar radicalmente na construção da identidade (cf. Amoris laetitia 56).
a) acolhe crianças, adolescentes e jovens na situação concreta do caminhar de cada um, acompanhando o processo de construção da sua identidade, em todos os seus aspetos, que inclui também a orientação sexual;
b) propõe a crianças, adolescentes e jovens, enquanto protagonistas do seu desenvolvimento integral, um percurso educativo, no qual a vivência da afetividade e da sexualidade está explícita e harmoniosamente presente, ajudando-os a crescer e a tornarem-se adultos ativos, com espírito crítico, capacidade de intervenção social, iluminados pela fé cristã e preparados para encontrar e dar respostas às perguntas do dia a dia;
c) afirma a centralidade do respeito pela liberdade pessoal e pelo envolvimento das famílias como elementos essenciais no processo educativo das suas filhas e filhos, à luz do Evangelho de Jesus Cristo;
d) considera que a vivência pessoal da sexualidade deve ser direcionada para a construção de um projeto de felicidade, baseado no compromisso e em atitudes fecundas, conduzindo a uma vida em que dons, talentos e qualidades sejam colocados ao serviço do bem comum, mesmo na impossibilidade biológica de geração;
e) sensibiliza os seus membros para as situações de sofrimento de pessoas com diferentes orientações sexuais, decorrentes dos processos de construção da sua identidade pessoal;
f) repudia todos os comportamentos agressivos e de discriminação injusta, nos relacionamentos interpessoais, afetivos e sexuais, quer no âmbito do CNE, quer nos contextos familiares e sociais, reafirmando que cada pessoa deve ser acolhida e respeitada na sua dignidade, independentemente da própria orientação sexual (Cf. Amoris laetitia, 250);
g) chama adultos a exercer a missão de dirigente – educador e evangelizador – de acordo com um perfil de maturidade humana e cristã, com os dons, talentos e qualidades manifestados, procurando que sejam capazes de discernir os desafios que a vivência da afetividade e da sexualidade levantam nos dias de hoje, respeitando a verdade da condição existencial de cada um, em que se inclui também a orientação sexual;
h) admite que a condição existencial do adulto dirigente do CNE e a vivência da própria sexualidade devem ser consideradas à luz da verdade das relações, as quais, por sua vez, se devem basear no compromisso, na atitude fecunda e na edificação do bem comum;
i) consciencializa, capacita e forma os seus dirigentes para o acolhimento e desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens, a partir da condição existencial em que cada um se encontra;
j) é parte ativa no diálogo e na promoção de atitudes na Igreja que facilitem a criação de ambientes de acolhimento e integração, à luz da proposta do Evangelho de Jesus Cristo, promovendo ativamente a comunhão eclesial.
