Jogo das Minas

Jogo das Minas

O “Jogo das Minas” foi criado com o propósito de abordar questões cruciais relacionadas ao preconceito e aos estereótipos, com ênfase especial na sexualidade e afetividade. Além disso, ele desenvolverá habilidades como orientação, coordenação, observação e memória. Os jogadores têm a oportunidade de testar suas habilidades de trabalho em equipa, observar e memorizar sequências corretas. No entanto, o objetivo principal do jogo é fornecer ferramentas de compreensão para crianças, adolescentes e jovens sobre a complexa relação entre sexualidade, afetividade e fé, uma oportunidade única para promover o diálogo e a reflexão sobre questões sensíveis enquanto fortalece os laços entre os participantes.

Objetivo do Jogo

·         Combater o preconceito e estereótipos dando especial ênfase aos da sexualidade/afetividade;

·         Desenvolver a capacidade orientação, coordenação, observação e memória;

·         Testar o trabalho em patrulha, observando os outros e memorizando as sequências mais corretas;

·         Construir chaves de leitura para as crianças, adolescentes e jovens sobre a sexualidade/afetividade e a relação com a fé.

Objetivos Pedagógicos

·         F2; F3; F6

·         A1; A4; A5

·         C2; C6; C7; C8

·         E3; E8

·         I5; I6

·         S5; S6; S7; S8

Descrição

Cada elemento da patrulha terá de percorrer o campo de minas até à outra margem (5 metros x 5 metros).

O campo está dividido por quadrículas de 30 cm por 30 cm. 

O campo está marcado com números de 1 a 20.

Em cada espaço/quadrícula existe uma mina.

Os jogadores lançam o disco em simultâneo. A quadrícula onde cair o disco definirá o tipo de situação/resposta a dar.

Para cada uma delas (quadrículas) está predefinida a mesma pergunta apresentada pelo dirigente.

O dirigente vai funcionar como moderador/árbitro e/ou impulsionador da resposta, bem como de alguma explicação adicional.

No final da atividade poderá haver oportunidade para se dialogar procurando chegar a uma espécie de “moral da história”.

Poderão ser acrescentadas novas questões adaptadas à realidade onde se insere o Agrupamento/secção.

A patrulha vencedora, será aquela que mais rápido estiver do lado oposto ao início do jogo.

A mina contém uma das seguintes situações / Resposta                    .:

A – “Zona segura”;

B – “Resposta mais longa”;

C – “Concordo / discordo”;

D – “Dialoga”;

E – “Passa a vez”.

Número de vezes que ocorre cada uma das situações:

A – “Zona segura”- 2 vezes;

B – “Resposta mais longa” – 7 vezes

C – “Concordo / discordo” – 4 vezes

D – “Dialoga” – 5 vezes

E – “Passa a vez” – 2 vezes

(20 situações no total)

Em suma, cada jogador lança um disco de madeira, redondo procurando acertar num número (de um a vinte). No espaço que acertar terá uma tarefa consoante a tabela que se apresenta.

A localização dos números e respetiva correspondência fica à responsabilidade do dirigente ou equipa de animação que criou a sua própria tabela.

Se acertar na quadrícula, o Chefe faz uma pergunta ou lança um desafio ao qual cada jogador deve dar a resposta correspondente. Caso não acerte em nenhuma quadrícula, terá uma segunda oportunidade para lançar.

O objetivo é que todos tenham a oportunidade de passar para a zona segura. Uns passarão sem responder e outros terão que manifestar a sua opinião sobre o tema.

Se o jogador não tiver nenhuma opinião ou não for capaz de a manifestar, poderá pedir ajuda a algum membro da sua patrulha, sendo que se o fizer regressa ao início do jogo.

Compete ao dirigente fazer a gestão do jogo evitando manifestar a sua opinião. Poderá e deverá complementar com alguma informação no momento da “Resposta Longa”.

Na situação B – “resposta longa”, pede-se que o elemento explique (troque por miúdos) a situação exposta ou que proponha uma solução para essa situação; poderá haver um complemento dado pelo dirigente de acordo com as propostas.

Lista de Perguntas / afirmações / estereótipos:

  • Os homens não choram.
  •  As mulheres são piores a conduzir.
  •    As mulheres têm um 6º sentido.
  •    Os homens estão sempre à bulha.
  •    O ser menino ou menina não tem nenhuma influência na expressão da forma como se vivencia a sexualidade.
  •    Posso fazer tudo o que quero do meu corpo e da minha vida.
  •    Porque sou livre, posso fazer o que bem me apetecer.
  •    Os homens não se medem aos palmos.
  •    “Pareces uma menina.”
  •    A mulher é melhor na cozinha.
  •    Os homens têm maior visão de conjunto e, portanto, são mais organizados, mais planeadores.
  •    O lugar do homem é nas obras.
  •    A mulher é mais atenta aos pormenores.
  •    O Homem é mais capaz para cargos de chefia.
  •    Não há outras opções a não ser homem e mulher.
  •    O lugar da mulher é na cozinha.
  •    As tarefas de casa devem ser da responsabilidade de ambos os membros do casal.
  •    A homossexualidade não existe, é apenas uma doença ou invenção.
  •    As crianças não devem realizar tarefas em casa pois trata-se de exploração infantil.
  •    Cuidar das crianças pequenas é uma tarefa exclusiva da mãe.
  •    O pai é que ganha dinheiro para a casa.
  •    A cor da pele pode condicionar o futuro de uma pessoa.
  •    Pode-se gozar com os outros por aquilo que gostam ou que fazem.
  •    Tenho vergonha das minhas origens.
  •    Quando terminar o Ensino Secundário não sei se serei capaz de ir estudar para a Universidade.
  •    Acho que os outros têm dificuldade em entender as minhas crenças.
  •    A cor da pele das pessoas mostra a sua sabedoria.
  •    Gostava de conseguir manifestar mais facilmente as minhas opiniões enquanto cristão.
  •    Sinto que poderia ser mais ouvido.
  •    O meu aspeto físico incomoda-me.
  •    Conheço alguém que sofre bullying por causa do seu aspeto.
  •    Não preciso dos amigos pois são muito interesseiros.
  •    Se eu fosse/tivesse nascido diferente, seria mais feliz” ou “teria uma vida melhor”.
  •    Acho que sou mais culto que os outros jovens da minha idade.
  •    Sou mais inteligente do que aquilo que acham.
  •    Os WC deveriam poder ser partilhados por todos, sem distinção homem/mulher.
  •    Deveria ser obrigatório todos os questionários terem as opções de género “feminino”, “masculino” e “outro”.
  •    A Igreja deveria ter um papel ativo na educação sexual dos jovens.
  •    Qualquer homossexual que pretenda comungar deve fazê-lo.
  •    Deveria ser permitido aos casais homossexuais casarem pela Igreja.
  •    Deveria ser proibido fazer a transição sexual.
  •    Não me perturba que um amigo ou uma amiga tenha dois pais ou duas mães.
  •    Considero-me um bom católico, no entanto, não participo muito frequentemente na eucaristia, e por isso sofro preconceito.
  •    Como escuteiro do CNE, é mais importante viver a minha espiritualidade individual do que participar ativamente nas atividades da paróquia.
  •    É importante que um padre não constitua família para se poder entregar por inteiro à sua comunidade.
  •    O celibato é importante para que um padre desempenhe a sua função corretamente.
  •    As marcas de roupa deveriam ter linhas neutras (sem identificarem ou se dirigirem a um género).
  •    Não posso ser amigo/amiga de colegas que não tenham roupa de marca.
  •    Não posso ser amigo/amiga de pessoas que não sejam do género masculino ou feminino.

Notas para “Resposta Longa”

(são pequenos apontamentos sobre o que se deve ou não pensar em como quebrar preconceitos e estereótipos):

  •    O estereótipo não corresponde à realidade (As atribuições de tarefas não estão sujeitas a um género, mas às qualidades da pessoa que o desempenha…);
  •    Todas as tarefas ou aptidões atribuídas a homens ou mulheres poderão ser realizadas por qualquer um;
  •    As habilidades na cozinha não correspondem a um género, mas às qualidades e aptidões da pessoa;
  •    A organização e visão de conjunto são características que qualquer pessoa pode desenvolver mais;
  •    As mulheres, geralmente, são mais atentas aos pormenores;
  •    Os cargos de chefia devem ser realizados por quem melhor os conseguir desempenhar;
  •    A cor da pele não pode ser motivo de discriminação;
  •    A orientação sexual de cada pessoa não pode ser alvo de gozo ou de bullying;
  •    O homem e a mulher são iguais em dignidade, ou seja, merecem o mesmo respeito e tratamento;
  •    As opções de crença não podem ser alvo de discriminação.

Duração

·         30 minutos de jogo

Quem Joga

·         Todos os elementos das patrulhas

Pontuação

·         A patrulha vencedora, será aquela que mais rápido estiver do lado oposto ao início do jogo.

·         Deve manter-se a equidade no número de participantes por patrulha

Modelo de Jogo

·         Sugere-se que o mesmo se realize com 2 patrulhas ou mais em simultâneo.

·         Caso não seja possível, o mesmo é aplicado, mas sem competição entre os elementos da patrulha.

Materiais

·         Giz / Marcador para chão

·         Cartão com matriz (Localização das Minas)

·          Lista com as questões e Notas para “Resposta Longa”

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