Quatro Cantos

O jogo “Quatro Cantos” é uma atividade educativa projetada para promover a reflexão e a discussão de temas sensíveis, como sexualidade e afetividade, relativamente à fé. O seu objetivo principal é consciencializar os jovens sobre esses temas e incentivá-los a expressar as suas opiniões de maneira respeitosa num ambiente seguro. É uma ferramenta poderosa para estimular a reflexão e o diálogo construtivo entre os jovens, permitindo que explorem as suas crenças, valores e opiniões num ambiente respeitoso e inclusivo. Através desse jogo, os participantes podem aprender a comunicar as suas ideias com clareza, ouvir perspetivas diferentes e, ao mesmo tempo, fortalecer a sua compreensão sobre questões relacionadas à fé e sexualidade.

Objetivo:

consciencializar os jovens acerca da sexualidade/afetividade e a relação com a Fé; assumir as suas opiniões junto do grupo e ser capaz de as defender.

Explicação para o dirigente:

O jogo deve decorrer entre quatro paredes ou numa área exterior onde se consigam demarcar 4 cantos separados, que devem ser identificados como “Concordo”, “Discordo”, “Concordo totalmente”, “Discordo totalmente”.

Os participantes começam no centro da sala, o dirigente deve apresentar um tema/questão e os participantes dirigem-se ao canto que mais se adequa à sua posição naquele momento. Após estarem todos distribuídos deve ser iniciado um debate de ideias.

É permitido que os participantes mudem de canto durante o debate. Não é necessário que todos os elementos falem em todas as questões, mas é importante que todos expressem a sua opinião pelo menos num tema.

Supõe-se que a dinâmica se desenrole de forma natural e descontraída, sem pressão para os participantes assumirem esta ou aquela posição – é essencial que cada um se sinta à vontade em assumir aquilo em que acredita e, para tal, recomenda-se a realização de um pequeno quebra-gelo no início da atividade.

Também é importante que o dirigente evite manifestar a sua opinião, para não influenciar a troca de ideias, mas consiga manter um papel de moderador neutro e, se sentir que tal acrescenta riqueza à discussão, apresentar pontos de debate e outros pontos de vista.

Duração:

Pelo menos 5 minutos em cada questão; optamos por não colocar um limite máximo, caso a discussão esteja fluida, mas o dirigente deverá ser capaz de colocar um travão caso as ideias estejam a ser repetitivas ou caso não se esteja a conseguir progredir.

Temas propostos

(não será necessário restringirem-se só a estes):

a Igreja deveria condenar o ato sexual antes do matrimónio;
a Igreja deveria ter um papel ativo na educação sexual dos jovens;
qualquer homossexual que pretenda comungar deve fazê-lo;
deveria ser permitido os casais homossexuais contraírem matrimónio (pela Igreja);
deveria ser proibido iniciar um processo de transição (transsexuais) antes dos 25 anos (altura em que o cérebro humano termina o seu desenvolvimento);
o SNS deveria comparticipar processos de transição (transsexuais);
a Igreja deveria apoiar a adoção por homossexuais;
as crianças de famílias não normativas sofrem mais preconceito;
é possível ser um bom católico sem participar frequentemente na Eucaristia;
como escuteiro do CNE, é mais importante viver a espiritualidade individual do que participar ativamente nas atividades da paróquia;
é importante que um padre não constitua família para se poder entregar por inteiro à sua comunidade;
o celibato é importante para que um padre desempenhe a sua função corretamente;
deveriam ser disponibilizados métodos contracetivos de barreira em todas as atividades escutistas para maiores de 16 anos;
deveria haver um limite imposto por lei ao número de vezes que é permitido tomar a pílula do dia seguinte;
os WC deveriam ser abertos a qualquer género;
deveria ser obrigatório todos os questionários terem as opções de género “feminino”, “masculino” e “outro”;
as marcas de roupa deveriam ter linhas neutras (sem identificarem ou dirigirem-se a um género);
os pais de crianças interssexo deveriam definir o sexo do seu bebé à nascença.